quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Alma=Software




















Resolvi colocar um título polêmico nesse post pois o vídeo que acabei de ver aqui, é super ultra mega polêmico. Trata de uma questão bem delicada para o futuro dos seres humanos: a inserção de consciência nas máquinas e, a nossa própria consciência como uma espécie de software singular que deve ser cuidado (no sentido de sempre ter um backup desde bem guardado) a fim de atingir a imortalidade.
Pelo menos, foi assim que entendi a prospecção do engenheiro Raymond Kurzweil, em sua entrevista dada para o programa Milênio, que passa na Globo News. (ótima dica dada por ex-aluna trends). Nessa entrevista que dura 30 minutos, Kurzweil fala de diversos assuntos que implicam no futuro das máquinas e no dia em que os seres humanos se conectarão biologicamente com essa tecnologia. O prazo que ele dá é de até 35 anos, para que, primeiro, as máquinas consigam ter um software capaz de consciência própria (alguem lembrou instantaneamente do filme "Exterminador do Futuro" ou "A.I"?!), que será detectado através do teste de Turner - resumidamente, uma teste cego que coloca pessoas de verdade e robôs a frente de um juiz "vendado" que, através de perguntas, tentar descobrir quais são os humanos e quais são os robôs. Hoje, nenhum robô conseguiu passar "despercebido" nesse teste, mas Kurzweil enfatiza que o gap entre humanos e robôs nos testes só tem diminuido e logo, logo, será igualado. Segundo, seria a convergência (uma palavra para 2010) do corpo humano com as máquinas, em especial, do nosso cérebro com neurônios artificiais.
Durante a entrevista, tocou-se em outros assuntos como sexo e espiritualidade. Kurzweil, que me pareceu ter um discurso absolutamente cientista e ateísta, acredita que os robôs serão capazes de ter espiritualidade sim, a partir do momento que tiverem consciência. Para ele, tudo aquilo que não existe e não pode ser comprovado como a existência de Deus, da alma e o poder da fé, poderá ser reproduzido pelos robôs. Aliás, para ele a nossa consciência é a nossa alma e, como esta pode ser reproduzida como um software, então, nossa "alma" poderá viver para sempre entre circuitos e pixels.
Como pesquisadora, não dá para negar que um dos caminhos de nosso futuro irá trilhar por esses conceitos, entretanto, como pessoa, dá um frio na barriga enorme saber que um dia minha filha ou netos poderão ter robôs como amigos, namorados, maridos e filhos.

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