quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Seminário WGSN

Ontem, aconteceu o tão esperado seminário do WGSN. Dentro da sala de imprensa do Fashion Rio, cerca de 100 pessoas (não sou boa para adivinhar quantas pessoas existem dentro do espaço, mas posso dizer que pareciam ser umas 100, todas as cadeiras estavam lotadas).
A apresentação foi bastante didática e abordou as macro-tendências apontadas pelo site, algumas apostas de formas para o verão 2011, conceitos que estão na mente da equipe e mostrou de maneira bem simples e rápida como a equipe WGSN trabalha na sua caça às tendências, do comecinho ao fim.
Gemma Harcker, exemplificou a evolução de uma tendência assim:
Passo 1: Relato de um conceito abordado por um artista numa mostra de arte. (e já um feeling da equipe de que isso pode vir a crescer)
Passo2: Esse mesmo começa a ser monitorado e percebe-se que ele começa a pipocar em anúncios e serviços pelo mundo.
Passo 3: A equipe de criação do WGSN começa a desenvolver idéias de produtos para esse conceito.
Passo 4: Esse conceito é confirmado nas passarelas e, muitas vezes, em ações de mídia.
Passo 5: Das passarelas passa-se ás araras (que é a grande confirmação de que aquilo é algo que vai pegar)
Passo6: O momento feliz: das araras para as ruas, segundo, Gemma, a rua é a melhor confirmação de que aquilo é algo que faz parte do mood do momento e de que virou moda.

As tendências trabalhadas nessa temporada são (copiando o Modalogia):
" Timeless, Sensory e Fair & Square.

O Timeless se refere à união de memória, nostalgia e progresso com o passado revisitado porém com aplicação de tecnologia. A memória afetiva do consumidor vai ser estimulada, a partir da compra de produtos com história. (na verdade é uma evolução do sprodutos com história, que ja é uma ação meio batida no varejo). Acredito que um bom exemplo da tendência seja a coleção New Vintage da Yves Saint Laurent e todas as reedições que as grandes grifes andam fazendo (concordo, mas AMEI o exemplo dado pelo próprio WGSN do muro em que arranca pedaços para ver o que estava colado atrás, criando um híbrido de passado e presente).

Já o Sensory busca ressaltar as experiências de consumo, com produtos estimulantes, que ofereçam visões inusitadas e quebrem padrões, principalmente com o uso da tecnologia para a arte digital. (palavras chave- emo-tech, data mosh, experiências digitais - esse os alunos da PUC já cravaram ha um ano, good job!)

Finalmente, o Fair & Square refere-se à simplicidade, à comunicação direta e funcional e ao resgate de valores reais. A busca por uma vida mais simples deve ser intensificada e por isso o consumidor vai querer receber mensagens claras e diretas das marcas. (simplifique sua mensagem-(essa tb ja foi cravada, ou coolhunteada pelos alunos trends da PUC, mas é facinho de sacar né?)

Para terminar, Gemma mostrou o top 10 da primavera/verão 2010 do WGSN: jaqueta militar, vestido-camiseta, jaqueta baseball masculina, calças retas com contornos, scuba dress, pólo de tricô masculina, blusas curtas, baby doll, bermuda de alfaiataria para os homens e cicilista para as mulheres."

E também apontou 3 coisas que a equipe têm amado: Vintage (ao ponto de abrir uma editoria sobre o assunto), Street Shots e Georgia May Jagger - a filha do filha de Mick Jagger e Jerry Hall. Hugh!? (cara de indignação)

Valeu Modalogia! (me poupou um tempinho para escrever)


segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Superfícies inteligentes

Esse post é rapidinho, estou um pouco sem tempo para escrever, pois estou fazendo a cobertura das semanas de moda no Rio e em Sampa.
Então, acabou de sair no site PFSK, uma matéria mostrando um produto da Light Blue Optics - empresa que trabalha com sistemas de projeção; que era uma espécie de projetor onde é possível visualizar as teclas e a tela de um computador em qualquer tipo de superfície interagir com as mesmas.
Isso tem muito a ver com a evolução de tecnologias de Realidade Aumentada (entenda) para qual estamos caminhando e, acredito que interferirá profundamente na maneira como nos relacionaremos com as superficies e com as paredes de nossas casas. Aliás, aquele ditado "Vou te deixar falando com as paredes", perderá totalmente o sentido, pois com essa tecnologia de projeção da lançada pela LBO, realmente, falar com as paredes será absolutamente possível! rsss

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Alma=Software




















Resolvi colocar um título polêmico nesse post pois o vídeo que acabei de ver aqui, é super ultra mega polêmico. Trata de uma questão bem delicada para o futuro dos seres humanos: a inserção de consciência nas máquinas e, a nossa própria consciência como uma espécie de software singular que deve ser cuidado (no sentido de sempre ter um backup desde bem guardado) a fim de atingir a imortalidade.
Pelo menos, foi assim que entendi a prospecção do engenheiro Raymond Kurzweil, em sua entrevista dada para o programa Milênio, que passa na Globo News. (ótima dica dada por ex-aluna trends). Nessa entrevista que dura 30 minutos, Kurzweil fala de diversos assuntos que implicam no futuro das máquinas e no dia em que os seres humanos se conectarão biologicamente com essa tecnologia. O prazo que ele dá é de até 35 anos, para que, primeiro, as máquinas consigam ter um software capaz de consciência própria (alguem lembrou instantaneamente do filme "Exterminador do Futuro" ou "A.I"?!), que será detectado através do teste de Turner - resumidamente, uma teste cego que coloca pessoas de verdade e robôs a frente de um juiz "vendado" que, através de perguntas, tentar descobrir quais são os humanos e quais são os robôs. Hoje, nenhum robô conseguiu passar "despercebido" nesse teste, mas Kurzweil enfatiza que o gap entre humanos e robôs nos testes só tem diminuido e logo, logo, será igualado. Segundo, seria a convergência (uma palavra para 2010) do corpo humano com as máquinas, em especial, do nosso cérebro com neurônios artificiais.
Durante a entrevista, tocou-se em outros assuntos como sexo e espiritualidade. Kurzweil, que me pareceu ter um discurso absolutamente cientista e ateísta, acredita que os robôs serão capazes de ter espiritualidade sim, a partir do momento que tiverem consciência. Para ele, tudo aquilo que não existe e não pode ser comprovado como a existência de Deus, da alma e o poder da fé, poderá ser reproduzido pelos robôs. Aliás, para ele a nossa consciência é a nossa alma e, como esta pode ser reproduzida como um software, então, nossa "alma" poderá viver para sempre entre circuitos e pixels.
Como pesquisadora, não dá para negar que um dos caminhos de nosso futuro irá trilhar por esses conceitos, entretanto, como pessoa, dá um frio na barriga enorme saber que um dia minha filha ou netos poderão ter robôs como amigos, namorados, maridos e filhos.