terça-feira, 25 de maio de 2010

Vai lá --> Cultura Digital na Casa Laura Alvin



Seminário de Cultura Digital reúne especialistas na Casa Laura Alvim (gratuito)


Evento, que tem curadoria de Heloisa Buarque de Holanda, marca o lançamento do portal colaborativo Cultura.rj


Nos dias 31 de maio e 1 de junho, a Casa de Cultura Laura Alvim será palco do Seminário de Cultura Digital. Pesquisadores, artistas e representantes de grandes empresas vão debater a recente revolução que o aparato tecnológico provocou no campo cultural. Em pauta, a própria definição de cultura digital, os atuais modelos de negócios resultantes das novas tecnologias, produção cultural, mídias sociais e digitalização de acervos. A entrada é gratuita.
O evento tem curadoria de Heloisa Buarque de Holanda, uma das mais atuantes estudiosas dessas transformações, e é uma iniciativa da Secretaria Estadual de Cultura. Participarão dos debates, entre outros: Oona Castro, diretora-executiva do Instituto Sociocultural Overmundo; Eliane Costa, gerente de patrocínio da Petrobras; Ana Claudia Souza, coordenadora do Portal das Artes da Funarte; e a dupla de artistas responsáveis pelo File - Festival Internacional de Linguagem Eletrônica, Paula Perissimoto e Ricardo Barreto.
"O momento é de reconhecer a importância do digital para a cultura", afirma Heloisa. "O que vamos fazer neste seminário é mostrar um retrato da era do acesso, na qual o impacto do digital é inegável. E esse panorama é essencial para a definição das políticas públicas."

Novo portal colaborativo

O seminário também lança oficialmente o Cultura.rj (www.cultura.rj.gov.br), portal da Secretaria de Estado de Cultura que tem como principal objetivo tornar-se um catalisador e uma tábua de ressonância de toda a produção cultural do estado. Trata-se de uma revista on-line aberta a colaborações de todos os envolvidos com as diversas manifestações artísticas do Rio, de produtores culturais a cidadãos ligados no que acontece em seu município. Na Revista, no Banco de Cultura, nos Espaços Culturais e na Programação Cultural, áreas do novo portal, qualquer usuário pode postar textos, fotos, vídeos, músicas - e fazer comentários sobre o material publicado. Basta preencher um cadastro simples.
O objetivo é fazer com que a vasta produção cultural dos municípios ganhe repercussão, e que um maior número de pessoas possa, cada vez mais, obter informações sobre a programação cultural do estado, além de mostrar os seus trabalhos.
No encerramento do seminário, os curadores do projeto File - Festival Internacional de Linguagem Eletrônica vão fazer o lançamento da votação popular do File Prix Lux, o primeiro prêmio internacional de arte e tecnologia do Brasil.
  
SEMINÁRIO DE CULTURA DIGITAL
Dias 31 de maio e 1 de junho, das 10h às 18h.
Casa de Cultura Laura Alvim: Av. Vieira Souto, 176, Ipanema.
As inscrições devem ser feitas pelo e-mail: mila@cultura.rj.gov.br


PROGRAMAÇÃO

Dia 31 de maio 

MANHÃ
10h : Abertura: Secretária Adriana Rattes
10h30 : A era do acesso - Heloisa Buarque  de Hollanda
11h: O que é cultura digital? (panorama do universo digital, suas ferramentas, recursos e horizontes) - Oona Castro (Overmundo)            

TARDE     
14h: Produção Cultural & Mídias Sociais (o uso das mídias sociais na criação, na divulgação e as mudanças de padrões de comportamento e sociabilidade) - Ana Claudia Souza (Funarte)
15h30: Coffee break 
16h: Cultura, autoria e novos modelos de negócios - Marília Maciel  

Dia 1 de junho 

MANHà    
10h: Acervos Digitais - Eliane Costa (Petrobras) e Ivo Correa (Google) 

TARDE

14h: O mundo das artes e das letras em tempos 2.0 - Giuseppe Zani (Petrobras) e Heloisa Buarque de Hollanda
15h30: Coffee break
16h: Paula Perissimoto (File) e Ricardo Barreto (File)
18h:  Coquetel de lançamento da votação popular do primeiro premio internacional de arte e tecnologia do Brasil, o FILE PRIX LUX.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O boom do feito a mão

Essa segunda, fazendo um limpa na caixa de e-mails não lidos, me deparei com muitíssimas matérias, notas e alertas de diversas fontes apontando para o "retorno", a "não-extinção", o "desejo" por coisas e atividades manuais.

Ao abrir a última newsletter do Springwise, vi que um café francês próximo ao Canal Saint-Martin, em Paris, oferece máquinas de costura ao seus clientes. Ou seja ao invés de ser um cyber-café, temos aqui um crafts-café, ou melhor, um "café-couture" chamado de Sweat Shop e, se não me engano, patrocinado pela Singer, empresa de máquinas de costuras. Aqui o blog deles: http://sweatshopparis.blogspot.com

Em seguida, lendo o PFSK dou de cara com o maravilhoso trabalho do artista inglês Palvinder Nangla, em exposição no ICFF (Feira Internacional de Mobiliário Contemporâneo). Ao reunir e aglutinar manualmente pedacinhos de tecidos, coisas achadas por aí, jóias, brinquedos, Nangla formou diferentes moodboards que se tranformam em peças únicas, como telas de pinturas. Dentro desse precioso artesanato de coisas achadas, o artistas tece histórias com suas mãos.



Nem sei ao certo de onde veio essa notícia, mas descobri em que a American Express Foundation patrocina um projeto chamado CRAFTED. Ou seja, preocupados com a diminuição no número de artesãos na Inglaterra - que para eles não tem nada ligado à nostalgia, mas à qualidade dos produtos e criatividade daqueles que trabalham para a indústria do luxo, o projeto intende alimentar o espírito de empreendedorismo entre empresas de artesãos através de consultoria de expersts da indústria e criação de pontes com líderes de negócios da indústria do luxo. Serão apenas 12 empresas escolhidas para essa primeira ação.




A cereja no topo desse monte de notícias que evidenciam o boom do feito a mão veio do Trendland. O site apresentou o lindo trabalho do fotógrafo Phyllis Galembo que documentou imagens magnificas das roupas e cores de culturas africanas, haitianas e jamaicanas. Precisa dizer que o artesanato envolve todas as imagens com o DNA fortíssimo dessas regiões? Entrem no site dele e já anotem no caderninho de inspirações: o retorno dos artesões está cada vez mais evidente e me parece que passará a ser reverenciado ainda mais pelas culturas que perderam completamente essa conexão com o feito a mão.